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Diálogo entre portas: Novembro 2010
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Domingo, 14 de novembro de 2010. O meu desprezo é a tristeza disfarçada em festa. Domingo, 7 de novembro de 2010. Ela vai morrer. 2 minutos é o tempo. As vezes é preciso morrer. A cabeça projeta o fundo, qual será o tamanho da queda? O arrepio na coluna, o fascínio na entrega, ela vai desfalecer. É o limiar, ao menos se suportasse esse fascínio que a consome. Um quarto com cama concretada, o cheiro de mofo se mistura ao álcool, ao sexo. Tem um corpo na cama que dorme nu. Esquina com a terra do nunca.
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Banheiro Rosa-Velho
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E por todo esse tempo que julguei caminhar disfarçado, na verdade estava nu. Assinar: Postar comentários (Atom). Visualizar meu perfil completo. Outros Tons de Rosa. Um instante para falarmos de Raimundo. Fragmento II de um novo diálogo. Desencontro com hora marcada. Entreveista: Fábio Konder Comparato. E por todo esse tempo que julguei caminhar disfarç.
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Diálogo entre portas: Setembro 2013
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Sábado, 7 de setembro de 2013. Fragmento II de um novo diálogo. Quando criança eu só gostava das cantigas tristes. Zona Nerd - Seu refúgio do mundo normal. Vídeo transforma Bohemian Rhapsody em um curta policial. Entreveista: Fábio Konder Comparato. Esquina com a terra do nunca. Fragmento II de um novo diálogo. A dor das coisas, O luto desta mesa; É o regimento proibindo Assovios, versos, flores. Visualizar meu perfil completo. Modelo Marca d'água. Tecnologia do Blogger.
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Diálogo entre portas: Fevereiro 2010
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Quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010. O cheiro de café perfuma a casa, o vento bate na porta são ondas quebrando. Lá fora é tudo solidão. É possível um farol romper a escuridão, na mesma sintonia ofegante da sua timidez. Você fica parado, joelhos juntos, os lábios semi abertos quase deixando escapar uma frase, que seria algo bobo, seria: você é toda a beleza. Eu riria, parece que você sabe, e não diz nada porque o que gostaria de dizer acabaria em dois lábios unidos em paixão febril. El dulce aroma de R...
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Diálogo entre portas: Dezembro 2009
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Domingo, 20 de dezembro de 2009. Ele me olha com paixão, a camisola de seda vinho, deixa ver minhas costas, minhas curvas, minhas coxas, eu de bruços no sofá. Beija-me inteira, a começar pelos pés, leva uma hora nisso, estou lendo o jornal. Desliza a camisola até o umbigo, fica admirando o fim das costas dando origem a bunda que forma covas, duas. Nosso delicioso silêncio. Sente ciúmes do sofá, do jornal, do estar nu, do jeito como lhe trato, meu desprendimento. Fico só, fique só, fique só comigo. Ei, nã...
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Diálogo entre portas: Junho 2011
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Sexta-feira, 24 de junho de 2011. São as palavras erradas pra dizer: a dor e o medo habitam e instauram-se. Eu não vou saber levantar. Eu sei, não precisa falar do seu limite. Eu vi que isso ia acontecer. Não precisa falar nada. Eu sei. O vazio deixa um espaço, mas por favor não fica. You’re always waiting. I may you find all your relations will keep you free, don’t you feel bad. Listen, the winter started. O nome parece bom. E a causa também. Deveria ter te dito isso, não é? O que tá dentro? A dor das c...
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Diálogo entre portas: Outubro 2009
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Quinta-feira, 29 de outubro de 2009. A primeira poesia é como o primeiro beijo: a hesitação primeira. É como o primeiro sexo: a excitação primeira. A poesia, primeira como o orgasmo, como o sexo, como o beijo, como o tapa na cara e o cuspe no chão. É, sempre, vinda do chão e do fetiche de fazê-la sopro na nuca. O fetiche de fazerem amor, fazerem ideal, isso, é prosa. Aquilo? É pele, a tela, sopro, melodia. Terça-feira, 27 de outubro de 2009. É afetar a moral – foi quase feliz. A sala tá vazia agora.
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Diálogo entre portas: Setembro 2010
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Domingo, 26 de setembro de 2010. Depois, saímos juntos, mãos dados. Logos elas, tão minhas, tão sós, agora passeiam unidas, distribuindo sua ternura que é de poucos. Toco-lhe a face, num desses gestos maternais, e sinto como se nunca mais fosse se afastar de mim, socorria-me de perto de minha própria solidão. Ele me tirou um sorriso. Foi curioso o encontro, dessa vez ele me deixou morrer, não me resgatou de mim como costumara fazer. Mas então notei que não era um resgate o que fazia, e sim um sop...Sempr...
