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Dois Pedacinhos: Abril 2010
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Domingo, 25 de abril de 2010. Esses dias eu chorei. Esses dias eu chorei. Chorei por chorar. Da mesma forma que se ri, eu chorei. Assim como às vezes eu sinto sono, eu chorei. Chorei um choro sentido, um choro contido, um choro. Eu simplesmente chorei. Veio sem razão, veio sem a noção, ele simplesmente veio e me tomou. Ele veio e fez parte de mim. O senti sendo criado e quando percebi já estava querendo partir. Assim como qualquer outra necessidade física do ser humano, apareceu, fez parte de mim e se foi.
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Dois Pedacinhos: Junho 2010
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Sexta-feira, 18 de junho de 2010. Sempre espero, mesmo assim ainda me surpreendo. Des-espero, mesmo assim ainda me surpreendo. Sempre corre um sorriso no meu rosto ao passo que uma lágrima se esboça. Eu conheço o que foi, mas os detalhes ainda caminham. Por isso, des-espero. Links para esta postagem. Chorou intensamente, nada se ouvia, mas conseguia ver a infelicidade estampada em seu rosto claro. Discretamente passava as pontas dos dedos delicados sobre o rosto como se quisesse limpar o ferimento na alma.
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Dois Pedacinhos: Dezembro 2009
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Terça-feira, 15 de dezembro de 2009. Tive uma estranha sensação. Algo me puxava para a direita, mesmo que para a esquerda quisesse estar. Caminhei. Não estava embriagada, não estava anestesiada, mas era para direita que meu corpo seguia. O chão estava distante dos meus pés por mais que nele estivessem apoiados. Queria ter sentido o frio do corpo, mas foi o frio da ausência quem me possuía. Meus olhos vazaram sem sentir dor, senti a ausência da dor, senti o oco. O vazio que me consumia. Chorei até meu nar...
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Dois Pedacinhos: Maio 2010
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Quinta-feira, 6 de maio de 2010. Agora vejo o mundo emoldurado. Vejo em detalhes as imagens fragmentadas, que nem sempre são coloridas. Agora vejo a moldura exposta que protege o desenho. Vejo o homem velho que chora de emoção no desenho do desejo. Agora vejo o sentimento representado e sinto o peso da moldura. Vejo o medo da responsabilidade das pessoas que conversam na representação. Agora vejo a impaciência da falsa experiência. Vejo conversas e ouço os falsos brilhos dessa composição. O que temos aqu...
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Dois Pedacinhos: Dia das Crianças
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Segunda-feira, 10 de outubro de 2011. Não dá pra acreditar o quanto crescemos em tão pouco tempo. Mas acredito que guardamos em uma caixinha vermelha no fundo do guarda-roupas as lembranças de nossa infância. É pra essa caixinha que recorremos em momentos de aflito, tiramos lá do fundo as lembranças que nos dão de volta o sorriso perdido desse mundo maduro. Má-duro. De chegar da escola e ver desenho a tarde toda. De acreditar em Papai Noel. De fingir acreditar em Papai Noel pra garantir o present...De na...
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Dois Pedacinhos: Agosto 2010
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Segunda-feira, 30 de agosto de 2010. Não fiz primeira comunhão,. Mas já cantei em um coral na igreja. Na infância, não quis aprender a rezar,. Mas já pedi a Deus paciência. Ganhei uma bíblia, mas nunca tive paciência de ler. Quando me vi em apuros, chorei e perguntei aos céus por quê. Dei três pulinhos e pedi a São Longuinho. Fui em velórios e participei de missas de casamentos, sétimo dia.pulei três ondinhas no ano novo. Desviei da entrega na encruzilhada e balbuciei “Salve”. Mas nunca vi Jesus. Mas cho...
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Dois Pedacinhos: meu
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Segunda-feira, 20 de outubro de 2014. Onde foi parar aquela menina, aquele rapaz? Quem era aquela menina? Quem era aquele rapaz? Era aquela menina, aquele rapaz? Aquela menina que enfrentava qualquer rapaz! Aquele rapaz que sentia dor e chorava compulsivamente como uma menina. Fundiram na multidão. Confundiram a multidão. Aquela menina, aquele menino, são eles! Como se cúmplices por serem irmãos. E assim, dessa forma, um laço de dor se cria. E todas as dores do mundo são minhas, assim como as alegrias.
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Dois Pedacinhos: de cor cinza
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Terça-feira, 4 de dezembro de 2012. E o papel continua cheio de linhas por escrever. o lápis inteiro esperando ser apontado e a borracha a soltar seus fiapos. o livro com suas páginas a serem viradas. Não sai, nada sai. Fica aqui dentro guardado, perdido esperando sei lá o que. Fotos a serem reveladas. Realidades alteradas pela dificuldade, personalidades escondidas pelo medo. Pintam-se os cabelos, unhas, olhos e a boca. Veste-se com a roupa mais bonita e menos confortável. Visualizar meu perfil completo.
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Dois Pedacinhos: O rabo da lagartixa
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Quarta-feira, 2 de outubro de 2013. O rabo da lagartixa. E assim, em milhares de caquinhos ficaram seus sentimentos. Caquinhos que se regeneram como rabo de lagartixa, mas que se quebram em milhares de outros caquinhos. Como os olhos que tentam falar o que a boca não solta, mas que também não se entende. A letra do olhar que não se lê. A letra do olhar que não se fala. Que não tem som. Como os caquinhos que não se grudam. E assim fica. Meio quebrado, meio colado, meio dito, meio olhado. Sobre arte Sobre ...