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ela.a.outra: Novembro 2016
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Domingo, 27 de novembro de 2016. Sentiu uma náusea no peito. jamais voltaria ao instante antes da desilusão. É costume, dissera-lhe ele, reduzindo os aconteceres a banalidades. E os poemas que ele lhe escondera nos recantos do corpo, estilhaçaram-se na lonjura do olhar. Quarta-feira, 16 de novembro de 2016. A estação por dentro. Conto-te do desperdício das estradas percorridas dos rios atravessados do tempo gasto do cansaço sentido. Sem ser para ti. Sábado, 12 de novembro de 2016. Cinquenta anos é nada.
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ela.a.outra: enquanto vais
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Domingo, 8 de janeiro de 2017. Nunca estiveram tão próximos como no momento em que se afastaram. Páginas que tocam como se tivessem dedos. Chegará um silêncio absoluto, e, então, a música será perfeita. Por fim, em certos dias, quebramos. Todos quebramos. E é nos estilhaços dessa desintegração que, voltando a juntá-los, se pode descobrir quem somos. Ver o meu perfil completo. Só ele não sabia. Do que se ouve contar. Tu sais je vais t´aimer. A vida secreta das palavras. O Cantinho da Janita. A voz à solta.
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ela.a.outra: Outubro 2016
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Segunda-feira, 31 de outubro de 2016. Fico quieta, sentindo a minha respiração. Se eu ficar quieta o tempo suficiente sentindo a minha respiração, deixarás de faltar-me, dizem. Faltas-me e o meu peito arde por dentro, enquanto fico quieta e sinto a minha respiração. Doem-me os braços com a ausência do teu corpo. Dói-me o corpo com as palavras que não te digo. Quinta-feira, 27 de outubro de 2016. Terça-feira, 25 de outubro de 2016. Sem que me vejas. Sábado, 22 de outubro de 2016. Ao deixarem de falar a me...
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ela.a.outra: Setembro 2016
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Sexta-feira, 30 de setembro de 2016. Ficou presa na liberdade que ele lhe impôs. Terça-feira, 27 de setembro de 2016. Trago o peito tão cheio de palavras para ti. palavras que não têm como verterem-se, pelos dedos, no papel. Trago os dedos tão sem tempo para palavras de alívio. Trago os olhos tão cheios de desnecessário. Não sei se o que está escrito, existe, porque os dedos escrevem, se pelos olhos que lêem, se pelo peito que expele. Não sei onde te situo em mim se eu não habito em ti. Yo no te recuerdo,.
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ela.a.outra: Junho 2016
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Quinta-feira, 30 de junho de 2016. Quarta-feira, 29 de junho de 2016. De tanto o querer antes de o ter, deixo de o querer depois de o ter. Sou feita de desencontros, de descoincidências, de entardeceres, de desvontades. Terça-feira, 28 de junho de 2016. Os sons da noite. A noite traz-me, pela porta aberta, o sussurro do vento nas folhas das árvores, e a tua voz, que não ouço. No meu corpo, levarei, a tua pele, que não toco, o teu odor, que não sinto, o teu olhar, que não vejo. Ensaio as palavras cá dentr...
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ela.a.outra: vestida de mim
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Sexta-feira, 30 de dezembro de 2016. O desejo das tuas mãos na minha pele evola-se. Percorro o meu corpo lentamente. o arrepio ainda mora nele, onde tu não estás, onde nunca estiveste. A roupa caída aos pés da cama, e eu mais nua de ti. Páginas que tocam como se tivessem dedos. Chegará um silêncio absoluto, e, então, a música será perfeita. Por fim, em certos dias, quebramos. Todos quebramos. E é nos estilhaços dessa desintegração que, voltando a juntá-los, se pode descobrir quem somos. Não me dêem flores.
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ela.a.outra: Agosto 2016
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Sexta-feira, 26 de agosto de 2016. E não te encontro. Procuro tantos caminhos para ti, tantas portas, tantas entradas, tantas saídas, até. Tento encontrar-te nas palavras, nas cores, nos números, na carne, no espírito. E tu tão longe. Invento receitas com os paladares que eu sei que gostas, ouço música que me leva para aí, onde tu descansas de olhos fechados e te fazes um, com o som. Mas não te ouço. Visto e dispo-me para sentir na pele o pano conforme roça na tua e perfumo com água fresca. E tu não sei.
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ela.a.outra: Julho 2016
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Sábado, 30 de julho de 2016. Desfaço-me em bocejos para que me deixem só. Volto a correr para ti. Estar contigo é ser eu. Aninho-me nos teus braços ausentes. Aconchego-me na minha cama vazia,. Sexta-feira, 29 de julho de 2016. E as gaivotas ecoam lamentos ao longe. O sol tímido da manhã amorna-me suavemente a pele, mas não me leva o arrepio do ar frio, desta hora, no meu corpo exposto com descuido. Da mesma forma descuidada me entrego a ti. Da mesma forma tocas me a alma sem me saciares o arrepio.
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