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Commedia dell'Arte: November 2005
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Saturday, November 19, 2005. O amor é o grande poeta dos desajustados, tece através do olhar dos amantes as belas poesias, as melodias afônicas que embalam o coração dos que são ligados por laços que transcendem as palavras e os sentimentos. O momento em que nossos olhos encontraram-se o amor ruborizou, teceu a mais bela melodia, fez os corações inflamarem-se, e ufano sibilou palavras de copiosa extremosidade, fez o universo suspirar a inveja do hálito dos amantes. Thursday, November 17, 2005. Olhem bem ...
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Commedia dell'Arte: April 2007
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Saturday, April 28, 2007. Imerso em um estado de letargia onde tudo que ganha espaço é a dor. Não tremula os lábios. Não chora. Não aperta os dedos. Não desvia o olhar. Até sua respiração é débil e nem sequer faz vapor no ar frio. Não consegue pensar. Apenas sente a dor vindo em ondas grandes demais para se manifestarem fisicamente. No fundo ele sabe que não pode fazer nada para sentir-se melhor, para que seja perdoado, para que tudo volte a ser belo. Mas esta idéia não chega a ser formulada. Os troncos ...
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Commedia dell'Arte: September 2006
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Friday, September 22, 2006. Assim como os românticos: irei ignorar a existência de um ardiloso gênio da espécie. Acreditarei apenas que o sorriso da mulher que faz o meu vazio fluir no ritmo da vida é o imperativo categórico que move meu ser. A especial maneira de ser da minha existência. Sunday, September 17, 2006. Nesses países a palavra compaixão toma a forma de " sentir com alguém " e não " sentir por alguém " ou " não ser apático com o sofrimento de alguém " como estamos acostumados. Yaxin, the Faun.
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Commedia dell'Arte: Gotas de água
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Wednesday, March 28, 2007. Sentado à mesa, observa a pele morena em contraste à brancura do papel. Tensiona os músculos dos dedos, observando o desenho intricado das rugas que se refaz a cada movimento. Percebe que se olhar de um certo ângulo, sua mão esquerda tem gosto de melancia. Vapor sobe da água quente, embaçando os espelhos. Ele gosta disso. Senta-se e relaxa os músculos, brincando de sentir a superfície da água na palma da mão. Não precisa mais dela para enrugar os dedos. Bom estar de volta.
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Commedia dell'Arte: Viajante
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Monday, April 02, 2007. Os troncos retorcidos exalam cheiro de marfim. Quem caminha por lá já aprendeu que tudo depende de um bocado de sorte. E de algo mais. Ele sabe, você não. Ele já passou pelo bosque alguns bons bocados de vezes, cada uma delas achando um caminho diferente. São sim as suas trilhas que serpenteiam selvagemente em meandros, confundindo viajantes. Quem o tenta seguir, é tragado por sua maldição. Ele não enxerga as próprias trilhas. Claro que não existe nada assim, pensa. Yaxin, the Faun.
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Commedia dell'Arte: Grãos de areia
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Wednesday, March 28, 2007. Arlequim passa distraído, mordiscando pedaços de um coração e soltando suspiros de céu azul enquanto procura por sinais de civilização. Anda em círculos na areia fofa, fazendo com que suas pegadas se somem às da volta anterior. Assim não se sente só. Os suspiros agora não são mais azuis, e levantam uma camada fina dos gãos de areia, aquela fumacinha que desenha espirais onde antes era liso. A areia em que senta agora não é mais aquela que pisou. O céu está mais longe.
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Commedia dell'Arte: May 2006
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Friday, May 12, 2006. Reticências. . . O Céu como tapete, lustroso e reluzente. Obra de instrumentos de suplício transcendentais, caóticos ou não, enfim; apenas meios para coroar um fim mais importante. No firmamento brilhava uma pálida luz, sinistra quase presságio de morte, envolta em todo esse mistério deslumbrante pairava Lua; e as nuvens que eram como enfeites num imenso céu pontilhado com estrelas apenas ornamentavam seus limiares que brilhavam qual prata debruada em seus contornos. E a partir dest...
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Commedia dell'Arte: Retribuição Divina.
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Monday, April 09, 2007. Um apelo, meus caros, pela desmarginalização da classe mais segregada e mal vista pela sociedade ordinária. As palavras. Ovacionar a insanidade é imperativo, meus caros. Quando caminhamos entre os sons as palavras não conseguem configurar meu epíteto - fogem irrequietas ou enrubescem-se ao meu toque - Apresento-me, faltando um pedaço de mim mesmo, para que me reconheçam por completo em momento futuro! Alu, esse seu texto tah bem interessante! Vê se escreve mais! É um fato que as p...
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Commedia dell'Arte: February 2006
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Thursday, February 09, 2006. Cabisbaixo, vem andando pela rua. Meio sôfrego, meio em desalento. Apenas um miserável vulto branco a tropeçar pelo caminho que vai traçando na hora. Anda e para. Para e senta-se no chão. Ele sabe onde está. Olha em volta. O chão branco traça os limites de seu espaço com contornos pretos e bruscos. É o que o impede de ir mais além. Não tem coragem de pisar em solo negro. Tem muita gente assim, reflete. Quem é aquela bela peça vermelha que reluta em dar o próximo passo? View m...