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NÃO VOA : costume
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Terça-feira, 16 de junho de 2015. Devia que esta cor nem fosse minha. Quem dera aquela festa alucinada. Prefiro a flor a fresta havia a escada. Conselho nem consenso a Tina tinha. Te juro não contei vinha a vizinha. Jamais que aplaudiria é quase nada. Seis cestos de seiscentos três de cada. Enquanto a corda acerta um vento alinha. Pedia que essa dor só fosse sua. Não sei se crua a moça a vida escrava. Jamais na poesia há pena alguma. Achei a noite linda estrela e nua. Jurava que domina a mina estava.
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NÃO VOA : Da diarreia de D. Pedro I
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Quarta-feira, 4 de março de 2015. Da diarreia de D. Pedro I. Sobre a mula, inda sofrendo a diarreia. Nosso príncipe Dom Pedro enfim se zanga. Lendo a carta ali, às margens do Ipiranga,. Resolveu posar pra história e pra plateia. Se sentindo a mais rainha da colmeia. Decidiu fazer um show pros seus capangas,. Sobe um morro, ergue a espada e solta a franga. Diz: “nem morto abdicarei de minha aldeia. Vou seguir uma novíssima tendência. Impressiona como a Europa anda mudada). Compartilhar com o Pinterest.
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NÃO VOA : Displicências
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Domingo, 17 de maio de 2015. Porque foram só mistérios sem enredo. Que fizeram nada o pouco que restara. Do carinho que acabava tão na cara. Já cansada e mal dormida desde cedo. Porque foram só silêncios, não histórias,. Que fizeram gumes, cacos e demências. E não foram nada além de displicências. Assanhando nossa verve acusatória. Quando eu olho pro passado fico tenso. Percebendo as rugas, rusgas dessas horas. Nos espelhos, minha cara, quando penso. No suspenso, no não ser e nu lá fora. P:P-P, XV Round.
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NÃO VOA : Abril 2015
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Quarta-feira, 29 de abril de 2015. Eu hoje declarei a minha renda. E, é claro, fiquei puto, um trem de louco. Trabalhei pra caralho, ganhei pouco. E ainda estou devendo pra Fazenda. Pois por favor me explique quem entenda. Como é que quem me assalta exige o troco? Passei meu ano inteiro no sufoco. E agora essa outra conta em minha agenda? 300 contos. uma grana séria. Pra quem já paga imposto o ano inteiro. E, além de tudo, ganha uma miséria. E ainda cobram "renda" a meu dinheiro. Imagem: Angel - Ron Mueck.
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NÃO VOA : Quantos?
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Sábado, 21 de março de 2015. Com quantas desculpas se faz um soneto. Viver num caixão não lhe cansa a postura? Se finge de morto mantendo a frescura. Ou busca o controle de um plano secreto? Existe remédio que cure esta febre? Qualquer droga serve ou não há que se salve? Se sofre o poeta o poema é suave. Ou quando está grave é melhor que lhe quebre? De quantos temores se faz poesia? Perverte a vontade ou respeita comando? Me empurra ou me para, sustenta ou vicia? Foi feita pra mim, pra você, todo o bando?
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NÃO VOA : Agouro
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Sexta-feira, 15 de maio de 2015. O medo que me dá meu olho esquerdo. Enquanto me anuncia uma tragédia. Tremendo, que não vou sofrer de tédio. Meu olho prenuncia que vem merda. O dia fica estranho, eu fico aéreo. Co a porta da crendice meio aberta. Rangendo, e como a coisa fosse séria. Meu medo um olho observa bem de perto. O risco que me esgarça até o avesso. Num cerco que se aperta e me dispersa. Pressinto não sabendo se mereço. Meu mundo gira lento e controverso. Um olho que executa meu sequestro.
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NÃO VOA : A maldade
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Quarta-feira, 27 de maio de 2015. Você vem defender que é ser justo. Mas eu vejo, a maldade permeia. E é tão triste, tão tosca, é tão feia. Que não dá pra encará-la sem susto. Orgulhosa de si, infla o busto. Co o veneno pulsando na veia. Segue em cacos pisando, não freia. Porque importa vencer, não o custo. E você, por feitiço encantado,. Da perversa se fez aliado. Porque pensa seguir o direito. E então caça com fúria animal. Atropela, arrebenta, e afinal. Qual justiça se faz desse jeito? P:P-P, XV Round.
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NÃO VOA : Julho 2015
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Sexta-feira, 17 de julho de 2015. 8212;————–“Você diz que sabe muito, vaga-lume sabe mais. 8212;——Vaga-lume acende a bunda, coisa que você não faz”. 8212;————————————————-TIBILK. Disseram, poesia não é isto. Não é só discursar sobre o que eu acho. Querer-me imperador, ver me capacho. Arrotar heresia, achar me o Cristo. Não basta sonetar, mas nisso insisto. Às vezes como quem faz um despacho. Porque o buraco eu cria mais embaixo. Sem tal burocracia – exigir visto. Sou contra essa reserva de mercado. Emend...
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NÃO VOA : Retirantes
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Domingo, 29 de março de 2015. Retirantes", CÂNDIDO PORTINARI, 1944. Pisando em ossos, tudo é morte e nos convida. À derrocada, a desistir desse cansaço. Desse acidente, desse horror chamado vida. Feita de dores, de incertezas e fracasso. Penando expulsos, retirantes sem saída,. Vão nossos olhos para novos endereços. Nos apoiamos nas tragédias reunidas. Em nossos corpos, carregados aos tropeços. Pois caminhamos doloridos, transtornados. Emudecidos sob um céu de desconsolos. Compartilhar com o Pinterest.
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NÃO VOA : Ainda
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Quinta-feira, 16 de abril de 2015. E continuo, versos valem pouco. Usando rima rica ou infeliz. Bem vindos são o tolo e a meretriz. E mesmo embriagado ou muito louco. Ainda há encanto aqui, democracia. Literatura, quem dirá o que é. Se perfume francês, se meu chulé. Se engloba castidade e putaria. Por isso eu sigo em frente, sem frescura. Se a arte estiver morta, empreste a pá. E eu peço, meu amigo, não se vá. Ajude a decorar a sepultura. E saiba, se enterrada, vele a vala:. Compartilhar com o Pinterest.