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o medo I|a ideia vaga
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Segunda-feira, 6 de julho de 2015. Eu só tenho medo desse amanhã. O resto, todo o resto fica pra se esquecer. Mas amanhã é o dia. O pior dia de todos os tempos. Por causa das tardes de sol,. Dos dias nublados,. Das noites violentas,. Da esquina que sempre à espreita. Ao jogar de dados do destino. Por causa da próxima página,. Por causa do livro inteiro,. Nem tanto o fim,. O fim é a certeza ortodoxa de tudo. Se eu acordar tarde. Se eu te ouvir gritar. Se eu falhar de novo. Se eu estiver sozinho,.
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Novembro 2013|a ideia vaga
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Domingo, 24 de novembro de 2013. Havia um corpo guardado no meu guarda-roupas quando cheguei de viagem, um corpo amorfo, cheio de veias azuis estendidas como desenhos feitos com caneta bic nas faces acinzentadas. Que fazia ali, não sei. Era um amigo, dez anos que não nos víamos. não bem um amigo, mas um conhecido, talvez não um conhecido, mas alguém cujo rosto perdi na memória. Os mortos em seu estado fedem igualmente. Achei que ele já tivesse morrido. Postado por Eliézer Araújo. Não se sabe ao certo.
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Janeiro 2014|a ideia vaga
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Domingo, 26 de janeiro de 2014. Quem foste tu no baile de máscaras que naquela noite frequentei? Postado por Eliézer Araújo. Terça-feira, 14 de janeiro de 2014. As minhas mãos sabem de cor que caminho construir para chegar até minha casa - a pergunta é por que não vou? Postado por Eliézer Araújo. Não dou asas pra tristeza:. Rapina, ela voa,. E me arranca a cabeça. Postado por Eliézer Araújo. Sábado, 11 de janeiro de 2014. Me dê um copo dágua. Me deixa nele afogar. Aquário - melhor ao sabiá. De pontas pre...
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Junho 2014|a ideia vaga
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Domingo, 29 de junho de 2014. Temo não saber se na mesma nossa estrela. Existe ou existiu qualquer som que faça vez. Ao teu olhar, sempre chamando uma galáxia próxima,. Enquanto eu escavo as profundezas. Sempre me desolo nas pedras e nelas me abraço,. Meneando a cabeça e deixando enterrar,. Fazer um choro de areia de tua cara seca. E de mim uma cachoeira de sereias claras. Que nadam de cima abaixo - ora,. Se na tua mente não causamos dano. Além-mar serei o dono do timão que se afasta. E me põe a apagar.
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temporal desiludido|a ideia vaga
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Sábado, 18 de julho de 2015. Não é que o tempo seja absurdo. O absurdo do tempo é que ele é. Sem mais nem menos. Ao certo descobriu-se incerto. Mas na incerteza se fez dialogar. Tão são de todo o destino. Que nunca mais quis olhar para trás. Como o tempo, levo a vida. Sempre para frente,. Sempre incerto na certeza,. Mas cheio do vigor. O derradeiro fiat lux. Agora, amanhã e para sempre, amém.". Foi a santíssima trindade que criei. Para que quando dúvida,. Lembrar sempre do tempo. E dos seus pés descalços.
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Junho 2015|a ideia vaga
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Segunda-feira, 29 de junho de 2015. Pelo que é onipresença. No interim de uma vida inteira. Eu ainda não havia atinado. Que as coisas se tornam mais claras. Depois que tudo é escuridão. Que os pedaços do que era inteiro. São inteiros em miniatura. E que cada um dos seus inteiros. São feitos de inteiros completos. E que, além disso, a solidão existe,. E que não diferencia em fazer companhia. Em quem é alegre. Ou quem é triste. Tudo se perde depois do encontro,. Eu perdi minha cabeça. E tua cabeça cansada.
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Maio 2015|a ideia vaga
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Domingo, 31 de maio de 2015. Quando eu for saudade as coisas vão ser mais fáceis. Não terei a obrigação de estar, nem de ser. Não farei mais planos de surgir do nada,. De falar qualquer coisa que te sugue a tristeza. Ou de ainda desmanchar os descasos que criamos. Apenas para nos dizer que tudo é imperfeição. Quando eu for saudade a tua mente vai deixar ir. Todas as palavras mal-ditas e quem sabe até. Ver em cada uma delas uma veemência de sanidade. Ou mesmo ser lembrado como alguém ou algo. Me veio saud...
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Fevereiro 2014|a ideia vaga
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Terça-feira, 25 de fevereiro de 2014. Trecho: romance sem nome. Postado por Eliézer Araújo. Sábado, 22 de fevereiro de 2014. Teu corpo colore uma tarde. Com tinta-fábula, estremece minha parede. E no fim da noite prossigo,. Amado e cúmplice, das enevoações do ser,. Não, porém, refestelando-se pelas amostras,. E te conservas em casa, ou noutras ruas. Para que o gosto do osso exposto ao sol. Não venha assim a perfumar minhas narinas. Não pareço são em procurar-te, nem assim o quero parecer. Onde outrora um...
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Abril 2015|a ideia vaga
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Domingo, 26 de abril de 2015. Minha cabeça hoje está assim, porém, sozinho dessa vez, e eu sabia apenas que deveria um dia começar a falar de você, mas não sabia como, e desordenado, comecei, como desordenei-me desde o dia em que resolvi dar fim ao que tínhamos. Não sei de certeza se isso é uma história de amor, de loucura, uma biografia, uma biografia da minha insanidade, um panorama social no qual fui me inserindo pouco a pouco, ou. Ou qualquer coisa. Se foi ou não, como eu posso saber? Os gritos, os s...
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Março 2015|a ideia vaga
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Sexta-feira, 13 de março de 2015. Eu só queria ser lembrança. E não essa carne entumecida. Postado por Eliézer Araújo. A solidão por si só não é escolha,. E me perdoem o ridículo da vida. Porque viver tem sido um fardo. Tão pesado e dolorido. Que eu não consigo imaginar. Que as coisas possam dar uma reviravolta. Em tão alto nível de secura. Chegar-se-ão dias solitários,. Dias em que ninguém vai entender. Que essa solidão é solitária. Por não ter ninguém por si. Nem por mim, nem pelos outros. Ressaca de m...