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Migrâneas: Dezembro 2011
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Quando o chão foge dos seus pés, o melhor a fazer é começar a voar. Gosto de músicas que têm muitos detalhes. Daquelas cheias de nuances, ricas em sons novos que duram apenas um instante. Daquelas que começam de um jeito e surpreendem no meio do caminho, unindo duas ou mais melodias. Gosto delas porque sei que, um dia, quando ouvir aquela música novamente, descobrirei algo novo sobre ela. E escutarei ainda mais atentamente. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, morrer e começar tudo de novo. Estamo...
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Migrâneas: Dezembro 2009
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Quando o chão foge dos seus pés, o melhor a fazer é começar a voar. De todas as coisas que vivemos juntos, o que eu mais gosto de lembrar não é a primeira vez que eu te vi. Não é o primeiro beijo. Nem a noite em que saímos do carro para tomar chuva. Nem a que passamos inteira conversando e lendo trechos de livros. A minha lembrança preferida é de muito depois. O dia em que nos reencontramos, depois de três meses separados. Naquele dia, entendi que não podia mais ficar sem você. Hoje, mesmo dividindo os d...
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Migrâneas: A goiaba e as flores
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Quando o chão foge dos seus pés, o melhor a fazer é começar a voar. A goiaba e as flores. A goiaba e as flores. Quando eu acordei, a sala rescendia às flores que colhemos num casamento. Rosas brancas no vaso improvisado, murchas de tempo. Insistentes em exalar seu perfume, meio de vida e razão de ser. Um último legado, e os herdeiros éramos eu e a manhã de quarta-feira. Uma goiaba é uma flor que compreendeu que podia transcender a si mesma e alimentar não só a alma, mas também o corpo. Olá, mamãe ;).
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Migrâneas: Abril 2012
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Quando o chão foge dos seus pés, o melhor a fazer é começar a voar. Nadar é o meu mantra. A minha meditação. Mergulho na piscina e o mundo desaparece. Os pensamentos flutuam e são deixados para trás. Cercado de água por todos os lados, eu sou uma ilha em movimento. Sem âncora ou mastros, eu sou um navio sem leme, longe de estar à deriva. Navego ao longo de minha própria alma, braços à proa e coração a bombordo. Guio-me pelas estrelas. Subo à tona, abençoado e sem fôlego. Minha vida também começa na água.
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Migrâneas: Julho 2011
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Quando o chão foge dos seus pés, o melhor a fazer é começar a voar. Olhando as pessoas muito velhas e sua serenidade de quem não espera mais nada exceto a morte, eu penso em maturidade. Se muito tiver a ver desta vida, chegarei aos cem anos lúcido e desassombrado. Mas não irei muito além com este corpo. É o que me intriga nas sequóias. Lembrando das muitas histórias do meu avô, que coisas teria uma sequóia para contar? A grossa casca que recobre o tronco me fala de ser impermeável, inatingível pelas inte...
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Migrâneas: Sequóias
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Quando o chão foge dos seus pés, o melhor a fazer é começar a voar. Olhando as pessoas muito velhas e sua serenidade de quem não espera mais nada exceto a morte, eu penso em maturidade. Se muito tiver a ver desta vida, chegarei aos cem anos lúcido e desassombrado. Mas não irei muito além com este corpo. É o que me intriga nas sequóias. Lembrando das muitas histórias do meu avô, que coisas teria uma sequóia para contar? A grossa casca que recobre o tronco me fala de ser impermeável, inatingível pelas inte...
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Migrâneas: Novembro 2009
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Quando o chão foge dos seus pés, o melhor a fazer é começar a voar. Gosto de prédios em construção. Principalmente daqueles que já estão perto da fase de acabamento, cobertos com aquela rede de proteção. Um prédio novo é todas as esperanças de quem vai morar nele. Um novo começo – embrulhado para presente. Marcadores: coisas do mundo. O pensamento me rouba do mundo, e enquanto singra o oceano do que eu sou, agita as águas do inconsciente e atrai o que habita nas profundezas. Meu pensamento é como uma dam...
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Migrâneas: Abril 2011
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Quando o chão foge dos seus pés, o melhor a fazer é começar a voar. Em tempos de aquecimento global, com suas chuvas e humores destemperados, volta e meia a natureza nos mostra que a beleza resiste. A foto é deste mês, do Paquistão, onde as enchentes fizeram com que as aranhas procurassem lugares mais altos para tecer suas teias. O resultado é o que se vê: árvores embaladas para presente, cobertas delicadamente com o fio da vida das aranhas. Marcadores: coisas do mundo. Visualizar meu perfil completo.
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Migrâneas: Sob as águas
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Quando o chão foge dos seus pés, o melhor a fazer é começar a voar. Nadar é o meu mantra. A minha meditação. Mergulho na piscina e o mundo desaparece. Os pensamentos flutuam e são deixados para trás. Cercado de água por todos os lados, eu sou uma ilha em movimento. Sem âncora ou mastros, eu sou um navio sem leme, longe de estar à deriva. Navego ao longo de minha própria alma, braços à proa e coração a bombordo. Guio-me pelas estrelas. Subo à tona, abençoado e sem fôlego. Minha vida também começa na água.