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Lusco ou Fusco? : Outubro 2010

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Porque é à meia luz que tudo acontece. Sábado, 9 de outubro de 2010. Ofusca Letrado 4: Ou Viam. Olhos que avistam vistas que não lhe falam. Sismam em dizer calados. Coisas outras que outrora lhe contaram. E esses olhos olham os que os têm olhado. Em transbordar confissões urgentes. Evolam-se a rima, o instante. Dissolvidos no que restou. Lacônica luta entre breu e luz. Para que dias e noites nasçam em mim. E eu possa me encontrar no lusco-fusco. Visualizar meu perfil completo. Minha lista de blogs.

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Lusco ou Fusco? : Junho 2010

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Porque é à meia luz que tudo acontece. Quarta-feira, 30 de junho de 2010. Ofusca Letrado 3: O vento. Ventania rajou, sufocou com laçada forte -. O que era, é. Do aperto, o esquecimento. Da dor, de esquecer, sem saber - pois há esquecido. De saber que sente que esqueceu o que ainda está guardado. Laços desatos, enovelados para guardar. O que é, foi. Para voar livre de nós. Para proteger o que vale ser lembrado. E seguir na cadência do vento. E numa virada de tempo,. Regresso em sentido contrário.

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Lusco ou Fusco? : Ofusca Letrado com Som 3: Sangue

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Porque é à meia luz que tudo acontece. Sábado, 19 de março de 2011. Ofusca Letrado com Som 3: Sangue. Chico (Pernambuco, julho de 2009). Sangue meu rega terras onde os olhos já apagaram poeira. E aquece frios ventres um dia de toque cálido-tenro-protetor. Transfunde-se em artérias – fica. Sonhos mútuos em anagramas pelo vento. Esguicha, bole com a razão. Mas despenca – santa gravidade. Ramificações propagam-se num ritmo hemorrágico. Como quentes afluentes esticados. Rebentos de um músculo elástico.

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Lusco ou Fusco? : Dezembro 2010

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Porque é à meia luz que tudo acontece. Domingo, 5 de dezembro de 2010. Ofusca Letrado com Som 1: Acalanto noturno. O que está em mim. Que insiste em escapar pela garganta. Ao ver o céu, numa noite estrelada. Que chega, enlaça. Cada um de seus filhos. Lançando seu veludo azul. Como quando mãe um dia fizera. Ninando em seus braços. A criança que dormiu sem se sentir só. Ao ser embalada pela noite cintilante –. A mesma que acalentou minha mãe, minha avó. E acalentará meus filhos –. Quer sair pela boca.

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Lusco ou Fusco? : Maio 2010

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Porque é à meia luz que tudo acontece. Sexta-feira, 28 de maio de 2010. Ofusca Letrado 2: Capítulo 1 - A construção. Os olhos travados e fixos na porta do quarto fechado. Os ouvidos minuciosos, a todo vapor, a captar os sons distorcidos que faziam seu coração pulsar descompassado. Ana não entendeu o que acontecia, mas sentia. Quanto tempo duraria? Os ouvidos relaxados destravaram os olhos da porta e assim ela se abriu. Silêncio. Agora era a vez dos olhos. Queria ter nascido pássaro. Disse à avó. Tenho tu...

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Lusco ou Fusco? : Ofusca Letrado com Som 1: Acalanto noturno

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Porque é à meia luz que tudo acontece. Domingo, 5 de dezembro de 2010. Ofusca Letrado com Som 1: Acalanto noturno. O que está em mim. Que insiste em escapar pela garganta. Ao ver o céu, numa noite estrelada. Que chega, enlaça. Cada um de seus filhos. Lançando seu veludo azul. Como quando mãe um dia fizera. Ninando em seus braços. A criança que dormiu sem se sentir só. Ao ser embalada pela noite cintilante –. A mesma que acalentou minha mãe, minha avó. E acalentará meus filhos –. Quer sair pela boca.

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Lusco ou Fusco? : Março 2011

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Porque é à meia luz que tudo acontece. Sábado, 19 de março de 2011. Ofusca Letrado com Som 3: Sangue. Chico (Pernambuco, julho de 2009). Sangue meu rega terras onde os olhos já apagaram poeira. E aquece frios ventres um dia de toque cálido-tenro-protetor. Transfunde-se em artérias – fica. Sonhos mútuos em anagramas pelo vento. Esguicha, bole com a razão. Mas despenca – santa gravidade. Ramificações propagam-se num ritmo hemorrágico. Como quentes afluentes esticados. Rebentos de um músculo elástico. De di...

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Lusco ou Fusco? : Ofusca Letrado com Som 2: Pés

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Porque é à meia luz que tudo acontece. Terça-feira, 1 de março de 2011. Ofusca Letrado com Som 2: Pés. Eram ares de céu azul. Vindos das cores de sol brilhante. O vento soprava espalhando o dia. Que lambia os descalços pés pequenos,. Vários deles, aos pares. Massageando a terra que os mantinham. E mantinham o dia. Que cabiam nos dias. De negros girinos no córrego de rio doce. E dos jogos salgados de bola. Das trilhas pelo mato. O verde cheiro de mato. Pés que cabiam em pinguelas. Pulavam cordas e medos.