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Rômulo Souza: Panorama

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Tento olhar a paisagem em mim. Mas é longa a viagem. Sem saber pra onde ir. E, pela calçada das lembranças,. Vejo esperanças gravadas em mármore. Com desenhos que representam. O mar , ou o amor. Ao descer dela,. Avisto à rua transitada por desilusões. Quase sou atropelado por um caminhão de inveja. Esquivo e paro em frente à vitrine. Da loja da vida. Tudo muito caro, porque não há preço. Um vendedor sábio sai de lá de dentro. E me olha, por fora,. Como se a fina casca lhe dissesse algo. No meio da cidade.

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Rômulo Souza: Abril 2013

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Foi um poesia que me acordou. Aqui de madrugada, ía dormir. E o sonho voltou. A poesia não morre. Pra quem escolhe poetizar a vida. Mas pode viver insone. Pra quem a rejeita de forma ilícita. Prometi não escrever rimando. Por achar simples demais um texto assim. A alma acabou gritando. Uns sons sem fim. Quanto mais me controlo,. Mais perco a desordem organizada aqui dentro. Tô deixando o inconsciente controlar. O que a razão acaba escondendo. Um poeta flechado no cerne da criação. E quanto mais escrevo.

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Rômulo Souza: Incrível

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As pessoas nos decepcionam não porque geramos expectativas, mas porque elas não sabem lidar com o outro." RS. E, mais uma vez,. Sinto uma espada transpassar meu coração. Foi aquele “talvez”, tiro certeiro,. Que estilhaçou o espelho da solidão. Por ser deixado de lado. O incômodo é não ser enxergado. Resta-me soltar os demônios na escrita. Para ver que anônimos me perseguem nesta vida. São os iguais diferentes de mim,. Mas insones de pesadelos sem fim. Incrível como os sentimentos. Onde está a alteridade.

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Rômulo Souza: Setembro 2014

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Canção à Anarquia, meu amor. Toda brasileira é anarquista por natureza. Meu amor é nada diante dela. Singela, donzela, vive no país chamado Brasil. Que não merece a dimensão que tem. Seus limites não ultrapassam as linhas deste poema. Feminista, solitária,. Trabalha todos os dias. E representa uma causa sofrida. É ela mesma diante do império. Das nádegas que se ergue. No território chamado Rio. Não tem rosto, não tem forma,. Seu coração não chora. Diante das ruas de perdição. Mas esta musa é o meu vício.

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Rômulo Souza: Novembro 2014

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Arte breve, vida longa. Falar a língua dos incautos nos afasta da língua dos doutos.". É assim, numa noite,. Que a voz do poema vem. E sussurra pra mim. O amor lá fora,. As letras aqui dentro. E eu sofrendo por querer unir. Caminho solitário pelas entranhas do saber,. Porque ser ignorante é uma dádiva. Na terra do ser. Antigamente, em nossa terra,. O prejuízo era conjugar o ter,. Mas também erra quem só sabe ser. Humano, bicho difícil, surgiu. De um caudal eterno de línguas marginais. É muito caro,.

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Rômulo Souza: Abril 2012

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Há um tempo atrás, escrevi um texto sobre o Orkut e muita gente o definiu como um exagero por criticar as redes sociais. Eis que surge o Facebook. As minhas hipóteses tornaram-se realidade. Aliás, será de realidade mesmo de que estamos falando? Ontem, era o tempo das caminhadas, dos encontros entre amigos, etc. Não que nada disso ainda aconteça, mas agora a foto tem que ir para o Facebook. O pessoal da informática se defenderá dizendo que sou catastrófico ou sensacionalista, mas quem diz isso não...Is li...

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Rômulo Souza: Fevereiro 2012

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Como o bacharel da vida,. Fui graduado com marcas do passado. As disciplinas novas foram aparecendo,. Enquanto buscava a quebra dos vínculos. As pessoas são assim. Afasto-me daquelas que estão próximas,. Porque elas se distanciam com sua peculiaridade. Por isso, amores perdidos,. Procuram-me em meu pior momento. Já as pessoas desconhecidas me conhecem. Talvez porque enxerguem de uma lupa mais próxima. O mesmo faço com o meu ser. Que se revira em diversas direções. Para encontrar uma única. Estamos de mud...

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Rômulo Souza: Julho 2012

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O Brasileiro não é triste ou otário (Resposta oficial a Celeumathosis). Sim, esse repente. Para dize porque me sintu excluído. Com o coração doído,. Vou dizeno que o povo. Não é bobo não. Vocês falam de mulher e cerveja,. Mas se veja,. Qual poeta num fala? Diz que cumpadres são de fé,. Enquanto muitos abandonaram o seu movimento,. Quem toca o povo da praça. Merece mais respeito,. Porque a gente não se vende por peito. Quem vocês chamam de caboclos, cornos, zóio. Poderia ser gente trabalhadora. Fazerem pu...

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Rômulo Souza: Outubro 2014

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As pessoas nos decepcionam não porque geramos expectativas, mas porque elas não sabem lidar com o outro." RS. E, mais uma vez,. Sinto uma espada transpassar meu coração. Foi aquele “talvez”, tiro certeiro,. Que estilhaçou o espelho da solidão. Por ser deixado de lado. O incômodo é não ser enxergado. Resta-me soltar os demônios na escrita. Para ver que anônimos me perseguem nesta vida. São os iguais diferentes de mim,. Mas insones de pesadelos sem fim. Incrível como os sentimentos. Onde está a alteridade.