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Palavra: Dezembro 2012
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Quarta-feira, 5 de dezembro de 2012. Graduado em Letras e Direito pela UNIR. Visualizar meu perfil completo. Minha lista de blogs. Modelo Janela de imagem. Tecnologia do Blogger.
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Palavra: Maio 2012
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Sexta-feira, 11 de maio de 2012. Rios de chumbo,. Como noites plúmbeas,. A canaviais sonâmbulos em meio aos sertões de meu país. Nas curvas entulhadas de galhos, cascas de árvores, garrafas pet,. Os rios sinuosos, que vão para além do que podemos supor,. Encostam, em seus cotovelos, as sobras, os restos que não poderão seguir. Os pés fincados num barro travoso:. Pesa mais que um barco a vela cada uma das botas. Iguais às noites sem lua,. Densos como lavas frias de vulcões. Um sopapo de arraia,.
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Palavra: Janeiro 2012
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Sexta-feira, 27 de janeiro de 2012. Há invernos na estação. Ditas entre palavras sem encontro. Como se nada existisse. Do nada nasce algo? Se não, a resposta sempre houve. E por que a perguntamos? Por que queremos saber o que sempre aí esteve. Colocado entre nuvens e nuvens e nuvens. Numa repetição sem fim? Porque tudo o que fazemos de novo. É tão antigo que nem começo teve. Que nem fim terá. Graduado em Letras e Direito pela UNIR. Visualizar meu perfil completo. Minha lista de blogs.
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Palavra: Fevereiro 2010
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Sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010. Erramos à noite e somos consumidos pelo fogo *. Ao entardecer, quando chove,. E quando latejam os humores do antegozo,. O vento resvala nas copas das árvores. A alma múltipla da cidade. Os grossos pingos varrem a tristeza do dia. E o escuro chega escuro para as almas sem lua. Os espíritos de lenha saem,. À noite, pela cidade,. Atirando secas lascas de seus feixes. Aos bares, bebem a cerveja e o conhaque. E o Martini e a cachaça. As suas línguas de ponta.
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Palavra: Seu amor
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Sábado, 9 de março de 2013. Seu amor, dizia ela,. Era como dois pássaros comendo capim ao alvorecer. A única coisa que nele fazia sentido. Era um cântaro vermelho em que colhia pequenos suspiros noturnos. Vinha sempre solícita e meiga. E não havia como não partirmos,. Em cavalos alados e saltitantes,. Para nuvens que, plúmbeas e carregadas,. Explodiam nas patas de Pégaso. E “o quente arfar das virações marinhas”. Soprava úmido em seu corpo,. Transido de desatinos e insensatez. Minha lista de blogs.
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Palavra: Julho 2011
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Quinta-feira, 21 de julho de 2011. Mesmo sabendo a resposta. Porque quem pergunta já sabe. Ou quer a que tem há muito. Por isso pergunta para um já escolhido. Escolhe o que quer saber. Ninguém vai ao padre. E pergunta se é lícito e saudável e bom aos olhos do criador. Se deseja de verdade. E quer ir ter com outras. Pergunta para uma da vida. E ela responde com olhos dadivosos. E língua lambendo os lábios. Graduado em Letras e Direito pela UNIR. Visualizar meu perfil completo. Minha lista de blogs.
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Palavra: O vagabundo
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Quinta-feira, 25 de outubro de 2012. Não sabia que havia estrelas sobre a sua cabeça. Pensava que os pontinhos altos fossem anjos fumando. Mas ele não sabia de religião. Como um tosco velho. Que nem sabia o que eram estrelas. Nem o que eram brilhos. Nem o que eram céus. Nem o que eram deuses. Nem o que eram escrituras. Nem o que eram destinos. Nem o que eram luzes. Nem o que eram noites apagadas. Nem o que eram não terem sentido. Nem o que eram palavras soltas. Nem o que eram soltas estrelas brilhando.
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Palavra: Setembro 2012
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Sexta-feira, 7 de setembro de 2012. As mulheres lindas têm um olhar como que triste,. Pois sonham que o mundo fosse igual a elas. Um sem-número de rosas a todos os cantos,. Eternas canções de primaveras. As mulheres lindas têm um gesto como que esquecido,. Pois desejam que os amantes fossem como as folhas em outono,. Como as notas de um violão plangente. Que somem no luar evanescente. As mulheres lindas têm um toque como que findo. Pois querem que os encontros fossem como o vento que está indo. Um dia mu...
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Palavra: Agosto 2014
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Sexta-feira, 22 de agosto de 2014. No caminho com Sócrates. Há sempre um ponto de interrogação. Pronto para ser usado. Que, se não for posto em fim de frase,. Fica por aí, caído, inválido. E quem por ele passa,. Pode até chamá-lo de cabo de guarda- chuva,. Pode até querer pegá-lo para afugentar cães. Costumo andar pela beira dos caminhos velhos,. Apanhando esses pontos descartados;. Costumo procurar um lugar para fixá-los. Há tantas frases por aí, soltas,. Que facilmente se tornam perguntas;.
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Palavra: No caminho com Sócrates
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Sexta-feira, 22 de agosto de 2014. No caminho com Sócrates. Há sempre um ponto de interrogação. Pronto para ser usado. Que, se não for posto em fim de frase,. Fica por aí, caído, inválido. E quem por ele passa,. Pode até chamá-lo de cabo de guarda- chuva,. Pode até querer pegá-lo para afugentar cães. Costumo andar pela beira dos caminhos velhos,. Apanhando esses pontos descartados;. Costumo procurar um lugar para fixá-los. Há tantas frases por aí, soltas,. Que facilmente se tornam perguntas;.