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A caixa.

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Quinta-feira, janeiro 22, 2009. Que nunca dorme, nem com sol nem com a chuva. Com discórdia à vida, indiferente a tudo. E as crianças na rua brincam respirando profundo. O pó de sapato, os restos do mundo. Num canto abatem as ameaças minúsculas. Cobertas por gruas que conversam telepaticamente às escuras. O calor derrete o sorvete amarelo. Que gruda nos dedos de um príncipe suburbano. E seu pai, seu rei, em casa embebeda as mágoas. No gargalo gordo com cachaça amarga. O suor impuro do verão soturno.

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A caixa.: Descaprichos

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Quarta-feira, junho 10, 2009. Tem manhãs em que acordo brando e determinado. A mudar alguns costumes desleixados. Mas quando o enlace diminui o fardo e a desconjuntura. Logo já me oferecem um gole da pura. Aí já cai toda a postura. Rolo no chão, enfumaço os dedos, dou adeus à essa ditadura. Por gritos e gargalhadas me formo sem dó. Sem desrespeitar as damas, os cachorros ou eu só. E ali, emputrefados nas entranhas da madrugada, estão alguns. O desejo pelas bonitezas continua acordado, mas sempre tolerante.

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A caixa.: Assinaturas

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Quinta-feira, setembro 10, 2009. Em poemas de certa idade. Ora camaleão, ora rinoceronte. Ora vagalume, ora porco. Essa visão que me sufoca. Também me iludi, me corrói. Joga no chão todas as notas. Que demorei mais de 2000 horas pra escrever. Mas deito e sinto dor nas costas. A televisão fora do ar me nota. Estico quieto meu corpo e destapo os pés. Pra sentí-los, pelo menos enquanto durmo. Que também enquanto caímos, vamos deixando nossas coisas. Deixamos nossos pensamentos, opiniões, nossos registros.

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Mi principio...: Setembro 2008

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Domingo, 28 de setembro de 2008. Here I go again. Desculpem-me, eu sei que me ausentei demais do mundo dos blogs. Mas estou de volta! Risos) Minha ausência tem um ótimo motivo! Estive em Porto Alegre, por isso não aparecia por aqui! Mas, Porto Alegre fez esse post possível! Hoje não poderia não falar do filme que assisti na capital. A versão cinematográfica do musical Mamma Mia. Eu gosto das músicas, não seria um sacrifício ver o filme! Meryl Streep cantando, é algo de sem noção! Na verdade, eu só acho q...

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A caixa.: Janeiro 2009

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Quinta-feira, janeiro 22, 2009. Que nunca dorme, nem com sol nem com a chuva. Com discórdia à vida, indiferente a tudo. E as crianças na rua brincam respirando profundo. O pó de sapato, os restos do mundo. Num canto abatem as ameaças minúsculas. Cobertas por gruas que conversam telepaticamente às escuras. O calor derrete o sorvete amarelo. Que gruda nos dedos de um príncipe suburbano. E seu pai, seu rei, em casa embebeda as mágoas. No gargalo gordo com cachaça amarga. O suor impuro do verão soturno.

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A caixa.: Julho 2007

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Quinta-feira, julho 19, 2007. Com sentidos não mostrados. Seja a idéia que provir. Pugnaz é meu desejo. Aguardo a santa vez. De erguer o vexilo. Quando presente escuro vulto. Há temor em veias cultas. Tenso, prático em viver. Despencarei do céu a luta. Já perdido no desfecho. Sem discórdia do tal fado. A essência que revela. Quarta-feira, julho 11, 2007. Feridas teimosas essas que nunca fecham. Perco a língua sempre na mesma hora e local. Sempre encontro um novo muro. Aí começam a aparecer menos.

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A caixa.

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Quarta-feira, maio 27, 2009. No pé do nervo. Minha boca é o centro. Eu não acho eu. Às vezes acho que me acho por aí. Na sombra de uma parede. No retrato de qualquer casa. Na fala de quem me viu distante. Nos cabos de informação de super velocidade. Na super veracidade que todos dizem - querem - ter. Nos enganos, nos bolsos, nos traços,. No ciúmes, na amizade, no amor, nos cinzeiros,. Estou sempre por aí mas não me acho. Assinar: Postar comentários (Atom). Http:/ www.notasujas.blogspot.com/.

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A caixa.

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Quarta-feira, janeiro 21, 2009. A par de tudo. Dos enganos e das peripécias magistrais da mentira. A premissa, a súbita captação no ar do que vai acontecer. O coração de animal: humano. E sem arrancar cabelos. Ou ulcerar o estômago. Deixo o sangue passar gelado. Pra não trançar meus sentimentos. Às medíocres obsessões alheias. E já aguada está a obsessão alheia. A unha e a carne numa abrupta ceia. Os males que antes feriam a quem outrora fugia. Alimenta agora uma vingança vazia. É, então, pois é isso.

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A caixa.: Agosto 2008

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Sábado, agosto 30, 2008. Um carro, uma velocidade. O corpo em pedaços. Tudo é tão branco. Mas não é o céu. É algo grande, forte, real. Um velho amigo (sorte ou não). Sábado, agosto 23, 2008. Sopa, telefone, cd's e câmera. Mais uma noite sentado na cadeira. Procurando o que pegar. O texto é montado. Escrito com diversos tipos de letras. Livro, fotos, copos, espelho. Assim vai faltando vida. Escuto a massa se enrolar. Dentro da minha barriga. E continua a trovejar lá fora. E daqui a pouco a luz aparece.