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Operação Revolução: Como flores que caem
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Terça-feira, 11 de agosto de 2015. Como flores que caem. Não sei dizer se ele era religioso. Íamos à missa quinzenalmente, e há quem diga que isso não é um sinal de fé indiscutível. Contudo, o fato de ele fazer o sinal da cruz quando se livrava de alguma enrascada me deixou intrigado. Seria alguma forma de escudo mental místico? 8220;Quero visitá-lo até o fim do mês. Eu sinto muito. Levarei aqueles biscoitos que você gosta.”. Mal sabia ela que Daisy era a única admiradora daquela preciosa receita. Derek ...
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Operação Revolução: Concepções de um recém-cego
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Terça-feira, 9 de junho de 2015. Concepções de um recém-cego. Alguns garranchos distribuídos por aquele papel. Indicavam que o autor estava, certamente,. As letras pareciam brincar, de forma inocente,. Talvez a mesma brincadeira que as nuvens fazem no céu. Uma despretensão que não apresentava qualquer tipo de perigo. Mas havia um tom fúnebre, além da morbidez que jorrava,. Como uma goteira que pinga por noites e noites, em uma casa abandonada,. E não existe sequer um plano inconsciente de cessar. Não pel...
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Operação Revolução: Desaparecido
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Terça-feira, 12 de agosto de 2014. No tapete, alguns amassos pelo chão,. E outros ares, antes presos num balão. Despedaçado, como um fogo de artifício,. Se fazendo de difícil. Ao atingir a escuridão. Ia pro quarto, já sem brilho,. Se embrulhando com fitilho. Pra se dar à exaustão. De existir com exatidão,. Ao persistir em descansar. O corpo pede desculpa por ter desistido,. Os fios de luz já eram cabelos conforme os anos esvaneciam. Adentrando a sala, atravessaram o vidro que se tatuou de nublado,.
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Operação Revolução: Travesseiro intacto
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Terça-feira, 6 de maio de 2014. Ao que fechou os olhos, estava na sala, no sofá duro,. E ela também, mas não faziam nada demais. Na verdade, talvez aquele dia nem tivesse existido,. Já confundia sonho com lembrança. Era, às vezes, jovem, criança,. Em seguida, já marido,. Entre promessas que nem lembrava mais,. Ele prometeu nunca deixá-la no escuro. Dançaram aquela música, que nunca mais teriam ouvido,. Com os rostos se encontrando num passo quase que demarcado. Faziam questão de amassar o travesseiro,.
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Operação Revolução: Língua nos dentes alheios
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Sexta-feira, 11 de julho de 2014. Língua nos dentes alheios. Língua solta ou língua presa,. Indelicada, em defesa,. Se perde em qualquer buraco,. Brinca com um ponto fraco. Ao se tornar enrijecida. Se afina, é tensa, forte,. Função dividida sem ter corte,. Língua nativa, estrangeira,. Invasiva, pioneira,. A primeira a adentrar. Fala por si, e se embaraça. Por pirraça, e se trava,. Sem perder o tom. Me abraça de língua, me enrola,. E me sussurra um beijo soletrado. Me assola, da cabeça à sola,.
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Operação Revolução: Toda
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Quinta-feira, 16 de outubro de 2014. Se resumiu num corpo só. E num piscar desfez o nó,. Que trazia, por caridade,. A necessidade se afastava do querer,. Eram significados distintos, incrivelmente distantes. Flexionavam-se os músculos,. Como, em espaços minúsculos,. Se encaixam carícias gigantes? Ninguém deve ou faz questão de responder. Mata o calor do corpo com o vento que vem da boca,. Marca os dentes onde der,. Faz da voz rouca coisa muito pouca. De toda definição de homem e mulher.
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Operação Revolução: Transe
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Terça-feira, 20 de janeiro de 2015. Além do piso que tu, sem expressão, miras,. O banheiro tem um tom enegrecido horrível. Aliás, tudo ali é de muito mau gosto,. Inclusive a música, já inaudível,. Que, como agulha num disco, te riscou o rosto. Hoje és marcada e tuas costelas dão as caras. Teus dedos são só dedos, mas insistes. Que te beijem, que te mandem flores,. E façam de tu o maior de todos outros amores,. Um devaneio de um tão pequeno segundo. O prazer que tu tornastes imundo,. Vale a pena visitar:.