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A a Z: Outubro 2006
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Terça-feira, outubro 31, 2006. Como se descascasse a laranja,. As palavras caíam-lhe como gomos. Por entre os lábios. Posted by Nuno Júdice @ 23:49. Domingo, outubro 29, 2006. No meio das palavras, um olhar. Não. Por acaso, nem de propósito. O olhar que. Resumiu todas as frases e todos. Os silêncios. O olhar que as mãos escreveram. Uma na outra, quando passaram. Por entre gramáticas e dicionários,. E encontraram a única e última. Palavra, onde começa e acaba. Posted by Nuno Júdice @ 10:43. Posted by Nuno...
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A a Z: Janeiro 2007
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Domingo, janeiro 28, 2007. Sentei-me à tua frente à espera. De te ouvir falar no branco que vem da janela,. E te envolve com o calor húmido de. Uma palavra divina. Mas abriste. O leque, dizendo que é tarde para discutir. Oráculos. Aceitei a tua resposta, como. Se me dissesses que as interrogações podem esperar. Por amanhã. No fundo, mostravas apenas. O movimento exacto da tua mão, segurando o eixo. Do teu pequeno mundo; e tudo o que acontecia. Limitava-se ao teu gesto. Agarrei as formas e as cores. Com o...
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A a Z: Julho 2006
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Segunda-feira, julho 31, 2006. Natureza morta com Juízo Final. Gosto de ir à praça, escolher o peixe,. Como se estivesse no lugar do arcanjo. Que separa as almas entre as boas e. As más. Mas quem põe o peixe na balança. É a mulher da praça; e não há nenhum. Juízo de valor no seu gesto, nem. Executa nenhuma sentença quando,. Depois de lhe cortar a goela e de. Lhe arrancar as entranhas, começa. A escamar o peixe, para o meter. No saco. Então, um vago sentimento. De culpa faz-me pensar que poderia. Purament...
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A a Z: Novembro 2006
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Sábado, novembro 25, 2006. Lembro-me de ter andado neste campo,. De ter sacudido o sol de dentro das espigas,. De ter ouvido ao longe alguém rir e depois o silêncio,. De sentir que nada se passava ao passar pelos muros,. De não ver ninguém e era a tarde a começar,. De fechar os olhos para me libertar do azul,. E de os abrir como se o céu tivesse outra cor,. De olhar para uma casa como se alguém a habitasse,. E de saber que as janelas se abrem para ninguém,. De perguntar de onde veio a flor que colheste,.
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A a Z: Agosto 2006
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Quinta-feira, agosto 31, 2006. De quem são essas flores,. A quem dás essa mão? Quem escolhe as tuas cores,. Entre rosa e limão? Posted by Nuno Júdice @ 20:05. Quarta-feira, agosto 30, 2006. A solução faz parte do paradoxo: vemos. O lado invisível das coisas, e só um cair de. Pétalas na areia nos revela a sua essência,. Como se não houvesse nada mais a dizer. Porém, ao pensar naquilo que existe, e. No que está para além do que vemos, a. Revelação do enigma torna-se, por sua vez,. Pássaros na cabeça; e mes...
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A a Z: Março 2007
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Segunda-feira, março 26, 2007. Quero chegar à ideia, tocar o seu corpo. Abstracto, e sentir na sua pele as palavras que compõem. A frase musical do espírito. Para isso, o meu olhar. Procura o campo das sensações, percorre-o com. A lâmina acerada da sua luz, e recorta de entre. O magma dos sentimentos a figura exacta. Do amor. Tenho de encontrar a pura expressão. Do som, o mais alto acorde de entre os que envolvem. A sua voz, e pedir aos deuses que me emprestem. Desça ao fundo dos meus olhos, e obscureça.
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A a Z: Junho 2006
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Quinta-feira, junho 29, 2006. Ponho o silêncio no lugar. Da flor; e a haste que daí cresce. Tem o verde que lhe dás. Quando o teu braço. Mas se a flor pousa. Nos teus lábios, e o teu. Riso a desperta, batem. As suas pétalas como asas. E és tu que do teu leito. Te soltas, descobrindo os seios. À luz da tarde. Posted by Nuno Júdice @ 17:59. Quarta-feira, junho 28, 2006. Um lírio do vale. Jane com uma boneca japonesa. Um retrato de mulher com vestido branco. Retrato de Z. Minderowa. A mulher do espelho.
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A a Z: Maio 2006
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Quarta-feira, maio 31, 2006. Entro no teu quarto, como se. Entrasse no mar. Um temporal de perguntas. Enrola os teus cabelos. Lanças-te. Contra as ondas de um sonho antigo,. E abres a porta da varanda. Para te sentares à cadeira. Do oriente, apanhando o vento. Da tarde. Não te levantes, digo,. E deixa que os teus olhos se libertem. De sombra, depois de uma noite. De amor, para me abrigarem. Da luz estéril da madrugada. Mudas. De posição, como se me tivesses. Ouvido; e o teu corpo enche-se. Um sorriso que...
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A a Z: Fevereiro 2007
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Terça-feira, fevereiro 13, 2007. Para além do muro. Olhas para além do muro; e. O tempo para além do tempo,. A tarde que não chega, ou a noite que. Vai chegar quando menos a esperas,. Uma última ave no limite. Do céu, pedindo-te que a não sigas. Mas não cedas ao abraço da árvore,. Ao apelo das raízes, à melancolia. De um desejo de horizonte. Encosta-te. A esse muro, sabendo que ele desenha. O espaço que te foi dado, e que as tuas. Mãos descobrem no frio da pedra. Não te resignes ao que existe. A ave.
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A a Z: Setembro 2006
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Sábado, setembro 30, 2006. Ouço bater o teu coração nesta manhã. Em que uma luz de argila constrói o busto. Do tempo, que um dia descobrirás dentro. De ti, e onde irás reconhecer um rosto. Outrora amado. Mas não esperes; o dia de hoje é. O dia que desejas, e não é todas as manhãs. Que esta luz te abraça com o seu fulgor. De ave, convidando-te a partir até ao fim. Da terra. Não precisas de levar contigo. Mais do que o sorriso que se abriu. No instante em que o sol nasceu; e. A cortei, para a deixar na mesa.