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Memórias: Lucíada
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Quinta-feira, dezembro 20, 2012. A glória de um Aquiles é maior. Que aquela de um milhão de soldadinhos;. Soldados tristes, feios, deformados. Não vi, em todo o latim de Lívio,. Tributo a Lucius, invisível Lucius,. Tremendo-se de frio na Transalpina. Morreu-se, um dia, o pobre: ninguém lembra. Não, ninguém lembra. Nunca lembrarão. É rara a matéria-prima bruta. Com a qual Clio lapida a sua obra. Ofegante, e vejo Lucius. A me mirar do fundo deste vidro. Não vi Tarquínio Prisco em meus retratos,.
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Memórias: Letícia
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Quarta-feira, fevereiro 13, 2013. Se o nome fosse, como diz um grego. Substância de pereniforme coisa,. Quem a ti por teu nome clamaria? A ti que és, desde Rômulo, letícia,. Quem por tão gáudio nome clamaria. Ao ver-te, assim, plangente, envolta em bruma;. Ao escutar teu lacrimoso canto;. Ao irreconhecer-te da que foste. Há menos de um ridículo segundo? Teu fardo é teu, menina, teu. Só teu. Que teogonia pode te salvar. Das cruzes que tu mesma carregaste? Suplico, ao deus que haja, uma chuva.
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Memórias: Julho 2011
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Quinta-feira, julho 28, 2011. Do beijo breve que dei-te nos olhos. Nasceu uma flor quase tímida. Tão rubrobrilhante, tão delicadazinha. Que quando murchou causou quase surpresa. Nas folhas, porém, nossas letras. Rezavam os cantos dum fado:. Como pode algo ser belo sem ser breve? Quando olhei de volta pra florzinha. As pétalas lilases flutuando. compreendi:. A tua beleza já era o teu réquiem - amém. Domingo, julho 17, 2011. Passarim multicor, sete letras:. Sete letras, sete cantos, sete notas. E o resto é...
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Memórias: Setembro 2013
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Terça-feira, setembro 24, 2013. O nome e a vela. O teu heleno nome é uma promessa. De algo que não cabe a ti cumprir. Teu outro nome, eslavo, traz em si. Impenetrável tema. Desconversa. Promessa vi-a, vil sebastianismo,. Munido de ridícula imperícia. Julguei ver poço onde havia abismo. Chamei teu nome à beira desta cova. Depois um nume, e um outro nome, mas. O coro dos pretumes abissais. Não era senão eco desta trova. Nas profundezas não te encontraria;. Era a mim mesmo que eu procurava. Sinto muito mas,.
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Memórias: Dezembro 2013
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Segunda-feira, dezembro 16, 2013. Nascida em grito grosso, gutural,. Tresvolitou, nas sombras, pelas eras,. Montada em ombros fortes de quimeras. Até pousar na língua mais banal. Da conceição em Beit à morte em Tau. Na nau de consoantes de Algeciras,. É Chave, é Porta, Olhos, Dedos, Liras. Deu forma à coisa, enterra a Coisa tal. Não há, na arte humana, mais mortal. Nem mais imorredora criação. Explode a glote em eco secular. Que ao derradeiro homem vai vibrar,. Pois só por ti traduz-se a Criação.
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Procuro algo que não tem nome
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Procuro algo que não tem nome. Quarta-feira, janeiro 07, 2015. Vivendo no eterno retorno. Para o retorno ao Eterno. Assinar: Postar comentários (Atom). Subi correndo no primeiro bonde, sem esperar que parasse, sem saber para onde ia. Meu caminho, pensei confuso, meu caminho não cabe nos trilhos de um bonde." - Caio F. Abreu. Visualizar meu perfil completo. Os que também procuram. Memórias de Mais Um na Multidão. De Muito Tempo Antes do Tempo. A Fábrica de Poemas. A procura do compasso.
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do infinito impreciso.: Fevereiro 2009
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Do sim, do não,. Nos dias, nas horas. Sexta-feira, fevereiro 27, 2009. Links para esta postagem. Cooperativa de Autores Indepentendes. Uma antropóloga em marte. O caçador de borboletas. Visualizar meu perfil completo.
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Versos de mais um na multidão: July 2006
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Versos de mais um na multidão. Poesia concreta, prosa caótica. Thursday, July 13, 2006. A uma desconhecida - de um bardo ignoto. Com beleza tão séria e recatada,. Me foges às esferas do Desejo. E aproveito este meu raro ensejo. Que tenho, de fitá-la tão calada! Pareces-me princesa, assim, sentada;. Tens aura que realeza sobeja. E não sei se sou só eu que o veja. Vossa alteza, entre os mortais, enfadada! Teu trono é uma cadeira de colégio. E entre os outros todos sobressais. Friday, July 07, 2006.
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Versos de mais um na multidão: March 2008
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Versos de mais um na multidão. Poesia concreta, prosa caótica. Sunday, March 23, 2008. Sangue seco e ardor. Teu torso nu, teu braço nu, teu seio. Ainda inexistente suam frio. Rezando pela paz que existiu. Por nove quentes meses, sem o anseio. De morte quando se abre a porta e o cio. De alguns homens sem rosto perde o freio. E sob o punho forte, a dor, o relho,. Se rasgam mais que roupas, mas o fio. Que atava aquele ser ao seu direito. De não estar ali, de perna aberta. Mostrando tão-somente o desespero.
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Memórias: Abril 2011
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Sexta-feira, abril 08, 2011. À minha bisavó Faci. Que Deus a tenha. Primeiro um fio, depois um outro fio. Da fina corda em que nos balançamos. Vão sendo descascados lentamente. Por Átropos, na roda, um por um. Primeiro um fio, depois um outro filho. De repente se manda chamar o Pedro,. De repente ainda se mora em Botafogo,. De repente viraram passarinhos. Os nomes, os rostos, os lugares,. Por fim as palavras todas do mundo. O cassino da Urca? Até tu, Getúlio? Nada mais disso faz sentido. Eu não. Nem ...