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Contos, e só.: Maio 2011

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O tempo passava devagar. Será que o tempo passava? Joana estava incerta se um dia viveria a intensidade de um amor que ela havia deixado escapar de suas próprias mãos. Ela sabia o que devia ser feito. Ela precisava se entregar novamente, mas as marcas do ressentimento a impediam de descobrir a face do perdão. Ela não queria perdoar. Já era tarde. Meninos nunca abraçam quando precisa-se de um. Menino vai embora e Joana fica só. Ela sente saudade de tantas lembranças. Ela queria aquele amor...Ela escolheu ...

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Contos, e só.: Março 2011

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Como sempre, a menina havia se atrasado para aula. Ela não tinha tanta disposição para aquilo tudo. Queria ir embora, junto com o pássaro que havia crescido na sua janela. Mas suas raízes estavam fortes demais para deixá-la tomar alguma iniciativa. Sara suava. O ponto de ônibus cheio não a deixava respirar, deixando-a sufocada com tantos cheiros, tantas vozes, tanta agonia. Ela não gostava muito das pessoas. Aquilo era um tormento diário. Ela precisava partir. As mãos da jovem se fechavam enquanto, de ol...

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Contos, e só.: Setembro 2013

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A saudade é como um papel em branco, sem colorido. É como um sorriso calado ou um grito sem palavras. Saudade é assim: Vazio, branco, sem cor e sem reflexo. A saudade também carrega com as mãos, segura o apelo com os braços e pede paciência. Paciência. Onde será que a paciência se escondeu? Será que se apagou? Será que foi embora? Estranho pensar que a paciência também perdeu a paciência e partiu com suas malas em busca de um novo começo. Onde estaria o começo? Seria um início ou um recomeço? Precisamos ...

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Contos, e só.: Junho 2011

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Joana só conseguiu escutar o silêncio quando percebeu que estava sozinha. Dias passam, Joana. Horas passam. Momentos devem ser esquecidos em sua memória para sempre, e para sempre serão lembrados como tristes lembranças de um passado que se foi. Era preciso viver. E a vida traz suas próprias dores. A vida ensina, Joana. A vida ensina como se deve respirar. A vida ensina a não errar com os próprios erros. A vida ensina a escolher. A vida ensina. File:/ http:/ www.youtube.com/watch? Break me a God. Não pre...

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Contos, e só.: Maio 2012

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Preciso partir. Partir? Solta a mão, mãe. Seu sorriso é lindo, menina. Onde você aprendeu tudo isso? Ensina, mãe. Guarda essa palavra para depois, sei que ainda precisarei ouvir. Guarda aquele sorriso, também. E me abraça, certo? O dia fica frio, às vezes. Seu abraço conforta. Mãe é mãe. E feita perfeitamente para mim. Ou seria eu, feita para você? Te amo. Para você, minha linda mãe (Maria Célia) e para todas as mães: Um feliz dia! Era um certo vazio. Um corpo oco conseguiria chorar? O que seria o bonito?

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Contos, e só.: Fevereiro 2012

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Mathias sorriu ao conectar as caixas de som. Beethoven. Oh, Beethoven. Sua mãe gritou. Estava alto. Abaixe, Mathias! Se vista, Mathias! Então Mathias abaixou. Mathias se arrumou. Mathias estudou. O dia passou, Mathias. Você gosta de ver o pôr do sol? Veja como ele cresce quando a terra o recebe em seus braços. São dois seres, Mathias. Poderiam ser reais? Contos, e só. Tudo começou quando coloquei algumas palavras em um pedaço de papel. Sou uma menina feita de sonhos. Visualizar meu perfil completo. REO M...

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Contos, e só.: Outubro 2012

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O silêncio guarda segredos que as palavras nunca conseguirão desvendar. O silêncio cita devaneios antigos, traz à tona sentidos esquecidos, sem nenhum significado. O silêncio brinca com sonhos, com olhares, com sentimentos. O silêncio fala. Consegue traduzir a vida intensamente, deixando os ruídos com ciúmes por não conseguirem carregar tamanha dualidade: Um vazio cercado de entendimento. Ela não entendia tantos pensamentos partidos. E assim, espero. Já te disse como o céu fica laranja quando chora?

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Contos, e só.: Janeiro 2012

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A menina tinha medo do escuro, por isso ela aprendeu a viver com os olhos abertos. Menina que tem medo de escuro não fecha os olhos, ela sabia. Olhos de medo doem, precisam de uma claridade cega para conseguir enxergar a vida, tentando ao máximo transformar sua dor em um refúgio de força. A menina de olhos negros carregava sua própria escuridão. Seus olhos já demarcavam seus medos, já deixavam claro que seu espelho precisaria ser limpo para que ela pudesse reencontrar algumas verdades repartidas, esq...

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Contos, e só.: Abril 2011

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Um véu cobria a inocência de um olhar, redescobrindo a cegueira de uma vida, de certas ilusões. A garota não sentia o toque, seu corpo havia sido anestesiado por um destino injusto, infiel. Ela sentia sede. Uma sede que ardia suas veias. Uma sede seca, sem sentimento. Seus olhos tentavam enxergar novamente. A escuridão muitas vezes clareava sua própria sensibilidade, mas ela não sentia vontade de sentir nada que não fosse do seu próprio mundo. Era uma vida de sonhos, de voltas, de vindas, idas&#4...O pis...

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Contos, e só.: Setembro 2011

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Nunca deixe que a dúvida te impeça de tentar. A vida sempre estará repleta de desafios, menina. Cabe a você escolher se vai colher sorrisos ou lágrimas. Tudo depende do ponto de vista. Ou não? Melhor pensar que o medo é um companheiro fiel. Afinal, sem ele não existiria coragem. Ou não? Tudo passa. Mude o olhar. Mude a direção. Grandes coisas simplesmente tornam-se pequenas. Que tal tentar cobrir a lua com um dedo? Não é tão difícil assim. Contos, e só. Sou uma menina feita de sonhos. Só mais uma dose.