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Across the river: Presença.
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Friday, May 06, 2011. Escrevo mil escritos em bloquinhos, cadernos, guardanapos e papéis de pão. Palavreio na minha cabeça, no branco do meu braço e no ainda mais branco da plama da minha mão. Nas paredes, nas fotografias, nas nuvens do céu, desenho poesia. Nos percursos dos automóveis e da passarada, arranhando o asfalto, decorando o alto dos prédios mais altos, meu canto ressoa baixinho. No ar, no ouvido, na água, meu grito persiste até mesmo na ausência, quando cala. É um jeito bom de existir no mundo.
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Across the river: Nini.
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Thursday, May 19, 2011. Bastava tocar a maçaneta para que você abrisse a porta, então eu sentava no banco da cozinha e você coava o café de sempre que eu tomava sempre na mesma caneca, mais por apego que por falta de opção, e falávamos sobre as coisas mais cotidianas por todo o tempo possível. Subscribe to: Post Comments (Atom). View my complete profile. No canto do olho. Tudo é luz e sonho. Watermark template. Powered by Blogger.
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Across the river: December 2010
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Friday, December 24, 2010. Sunday, December 19, 2010. É um mês abençoado.'. É, é sim, é quando o tempo faz aniversário. Ahhhh meu Deus,. Como a vida é boa. Saturday, December 18, 2010. Wednesday, December 15, 2010. Despreocupa-se e pensa no essencial". Friday, December 10, 2010. Dez de dezembro de dois mil e dez para um ano bom. Monday, December 06, 2010. Em tempo de breu e brasa,. Venha vento e alvorada. Retornando a calmaria,. Cor, coração, alegria. Valsa para as madrugadas. Samba para amanhecer o dia.
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Across the river: Tempo.
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Friday, April 08, 2011. Cada coisa tem sua hora. E cada hora o seu cuidado.". Subscribe to: Post Comments (Atom). View my complete profile. No canto do olho. Tudo é luz e sonho. Watermark template. Powered by Blogger.
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Across the river: June 2011
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Thursday, June 30, 2011. Perdi o ar, e nem lembro mais do que riamos tanto. Sei que foi nesse breve instante que mais senti sua ausência. Mais do que quando vi doer um mundo todo em mim, mais do que quando fui aprendendo a aquietar a dor. Devo dizer, pelo bem da verdade, que todo esse ano quase sem você foi até um bocado feliz. É que abracei como destino a graça de ver as cores e coragens do mundo e a consequência disso é poder me sentir, cada vez mais, sempre mais, sem fôlego. O ar retorna novo.
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Across the river: March 2011
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Saturday, March 26, 2011. Descrença, descontentamento, desolação. Sente-se tomado por uma porção de des. Até encontrar, meio esquecido entre outros tantos, um des para mandá-los todos embora. Despedida. Junto com ele vem um des meio triste, mas muito bonito. Desilusão. Que é um clarão abrindo espaços para a realidade. Ai percebe que o desconforto, que é um comichão chato, pode ser melhorado mudando de posição. Fica descalço. Descobre que quer voltar a caminhar, e segue buscando caminhos desimpedidos.
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Across the river: Espanto.
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Sunday, July 03, 2011. Ele nunca foi sabedor de constâncias, mas tinha o dom de conquistar sempres. Eu sou um. Espero, construindo em mim mil tranquilidades, os compassos dele se acertarem aos meus. E ele aparecer assim, como quem nunca esteve longe, cheio de graças. Então respiro fundo e, ainda mais que o de costume, me faço presente. Para não perder o instante, para não perder o rumo. Eis que somos trapezistas, vivendo sempre um equilíbrio fino entre o salto, o encontro e o infinito. No canto do olho.
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Across the river: Sampa.
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Monday, May 02, 2011. Malas e outras bagagens, boas vindas esperadas e inesperadas, cozinhar, beliscar do prato alheio, lavar a louça e rir como se fosse sempre assim, trocar figurinhas e caretas, andar de trem, carro e metrô, andar a pé, e ter nas caminhadas o encanto do desconhecido. Buscar coisas bonitas e descobrir que elas afastam o chão. Encontrar pessoas tão bonitas que aproximam o azul. Voltar repleta de saudades e azuis. Subscribe to: Post Comments (Atom). View my complete profile.
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Across the river: Estação.
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Friday, May 06, 2011. Eu vinha cheia de despedidas, com o mesmo olhar viajante, desses que vêem todo o mundo e ao mesmo tempo não vêem nada, quando esbarrei em mim. Então agora agradeço aos vazios que tive, que me tinham causado tanta desalegria e desencanto, porquê essa mesma ausência doída acolhe intensamente cada bocadinho de achegamento. Eu venho cheia de chegadas, com o mesmo olhar que abarca e voa. Talvez com uns bocados mais de azul. Subscribe to: Post Comments (Atom). View my complete profile.
