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Didascália
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Quinta-feira, 15 de março de 2012. Uma mulher rasga loucuras em verso. Na noite. Que o dia frívolo, num asseio de menino bem, escarnece da morte e desdenha dos medos. E a beleza do que nasce não é gratuita, é sangue escuro e lágrimas quentes e torreões de medos e solidões. E a tenaz dos sonhos e os campos de flores silvestres. Também. Que sabes da mulher que escreve na noite? Dos vícios malditos da alma,. Dos despertares que não dormem,. Da razão que cria monstros banhada em loucura,. Irrompe, rompe,.
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Didascália: Abril 2010
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Sexta-feira, 30 de abril de 2010. Na especialidade do faz de conta, fui doutora do ursinho. No afã das ligaduras, maleitas, miminhos e beijos milagreiros, quem acabou curada fui eu…. A menina, de olhos vaidosos de azul impossível, disse-me o nome e, depois de acrescentar três ou quatro apelidos verosímeis, remata desta maneira…. 8211; isto disse eu, Alice que, na volta, já não sabe de que lado do espelho se encontra. O meu nome é Íris Arco-íris, mas os meus amigos não sabem, eu não lhes contei…. Uma vez,...
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Didascália: Março 2010
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Segunda-feira, 29 de março de 2010. Fecho os olhos e, como se segredasse, pronuncio uma palavra, qualquer palavra. Esqueço o significado, a memória a que faz apelo, o recanto da alma onde a enquadro. Faço-a voz somente e apercebo-me de uma nova forma de a olhar, ouvindo-a. A palavra como som. Alguém comentava, há muitos anos, a beleza de uma palavra em particular. Didascália. Nos tempos que se seguiram, dei por mim debitando baixinho todas as palavras que me assomavam à ideia. Nunca me esqueci. Mas quero...
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Didascália: Setembro 2010
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Quarta-feira, 22 de setembro de 2010. A menina nasceu num dia medonho, de chuva e vendaval. Gostaria de dizer-lhes que, à hora da sua vinda, os céus se abriram num interlúdio de luz, mas assim não foi, e os céus permaneceram mudos e indiferentes à sua chegada. A menina nasceu vestida de branco e trouxe o seu nome consigo. Sê bem-vinda, Clara, minha bem-amada. Oh Clara, teria com certeza o teu rosto! E os lábios eram rosados e não vermelhos. Hoje sabe que é o amor que nos adorna as feições aos olhos a...
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Didascália: Janeiro 2010
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Sábado, 30 de janeiro de 2010. Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo. Mal de te amar neste lugar de imperfeição. Onde tudo nos quebra e emudece. Onde tudo nos mente e nos separa. Sophia de Mello Breyner Andresen,. Nada podeis contra o amor. Contra a cor da folhagem,. Contra a carícia da espuma,. Contra a luz, nada podeis. Podeis dar-nos a morte,. A mais vil, isso podeis. E é tão pouco. Eugénio de Andrade,. A Primeira Palavra que em Toda a Minha Vida me Esgotou o Ser. Way up high,. Why then,...
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Palavra de Mulher por Anna Amorim: Numa disciplina - Sophia de Mello
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Palavra de Mulher por Anna Amorim. Blog PSI (Psicologia e Psicanálise). Quinta-feira, 16 de julho de 2015. Numa disciplina - Sophia de Mello. Numa disciplina constante procuro a lei. Da liberdade medindo o equilíbrio dos meus passos. Mas as coisas têm mascaras e véus com que enganam,. E, quando em um momento espantada me esqueço,. A força perversa das coisas ata-me os braços e atira-me,. Prisioneira de ninguém mas só de laços,. Para o vazio horror das voltas do caminho. Sophia de Mello Breyner Andresen.
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Palavra de Mulher por Anna Amorim: Vídeos
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Palavra de Mulher por Anna Amorim. Blog PSI (Psicologia e Psicanálise). Compartilhar com o Pinterest. Visualizar meu perfil completo. Espaço dedicado a intercção entre a Psicanálise, literatura e outras artes. Diálogos com a Psicologia e a Psicanálise. Evoluções da Psicanálise - Movimento relacional. PALAVRA DE MULHER está protegido por lei dos direitos autorais. Receba poesias PALAVRA DE MULHER por email:. Clarice Lispector - do Livro: Felicidade Clandesti. Lua Branca - Chiquinha Gonzaga. Entre o Amor e...
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Palavra de Mulher por Anna Amorim: Os deslimites da palavra - Manoel de Barros
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Palavra de Mulher por Anna Amorim. Blog PSI (Psicologia e Psicanálise). Terça-feira, 11 de novembro de 2014. Os deslimites da palavra - Manoel de Barros. Ando muito completo de vazios. Meu órgão de morrer me predomina. Não posso mais saber quando amanheço ontem. Está rengo de mim o amanhecer. Ouço o tamanho oblíquo de uma folha. Atrás do ocaso fervem os insetos. Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino. Essas coisas me mudam para cisco. A minha independência tem algemas. Oh, lua branca de fulgo...
